Título: Urbanização Peri-Metropolitana e Transformações Regionais no Entorno do Rio de Janeiro: Conseqüências da Expansão Metropolitana para as Interfaces entre Região, Cidade e Campo.

Palavras-chave: Área Peri-Metropolitana; Expansão Metropolitana; Mobilidade; Petrópolis; Rio de Janeiro; Urbanização.

Descrição: Uma parte das transformações que se observa, hoje, nas metrópoles e nas áreas ao seu redor está determinada por seus entrelaçamentos na escala mundial e sua inserção em processos globais como a re-estruturação produtiva, por exemplo. A este respeito existe já uma quantidade bastante expressiva de investigações que não precisam ser citadas aqui. Porém, e reconhecendo a importância dessas relações verticais dentro de uma rede de cidades globais nessa escala, acreditamos que não foram suficientemente esclarecidos os processos horizontais que estabelecem e expressam relações entre as metrópoles e as áreas no seu entorno. Áreas que chamamos de peri-metropolitanas porque se encontram fora das regiões metropolitanas, mas sofrem de alguma influência por parte delas sem se subordinar da mesma forma à lógica metropolitana como o fazem as periferias mais imediatas do núcleo metropolitano (municípios que pertencem à própria região metropolitana). Ou as franjas peri-metropolitanas que se afastam mais ainda da metrópole e se relacionam com outros pólos regionais no interior do estado. Conceitualmente, buscamos identificar as origens desse potencial de ?insubordinação? dos municípios (ou de uma parte deles) da área peri-metropolitana exatamente na sua situação específica nessas áreas onde fazem parte tanto de um contexto regional não-metropolitano, como também apresentam uma especificidade com relação às articulações intra-municipais entre áreas urbanas e rurais (peri-urbanas); potencial esse que, inclusive, fornece uma das justificativas ao próprio nome dado a essa área como interface tanto metropolitana-regional, quanto urbana-rural. Há de se considerar, ainda, que, dentro de uma configuração de redes urbanas onde as tradicionais hierarquias foram quebradas, os próprios municípios nas regiões fora das metrópoles não se articulam apenas horizontalmente na escala regional, mas estabelecem relações verticais diretamente que transcendem as escalas local e regional sem a metropolitana.